O plano acontece em meio a esforços norte-americanos, que já produziram novas armas e novas estratégias no Indo-Pacífico, visando dissuadir Pequim de um conflito, ou vencer um, caso ocorra, relata a mídia.
Um funcionário do setor disse que colocar os interceptadores altamente ágeis Patriot Advanced Capability-3 Missile Segment Enhancement (PAC-3 MSE), usados principalmente nos EUA pelo Exército, a bordo de navios da Marinha antecipa avanços na tecnologia de mísseis chinesa, incluindo o uso de armas hipersônicas altamente manobráveis.
Não se sabe quantos interceptadores PAC-3 a Marinha precisará, mas a demanda geral está "nas alturas", disse Tom Karako, especialista em defesa antimísseis do Centro de Estudos Estratégicos e Internacionais (CSIS, na sigla em inglês) em Washington, acrescentando que os estadunidenses querem "dobrar a produção nos próximos anos".
A Marinha dos EUA disse à mídia que "mais testes são necessários no roteiro de desenvolvimento, que incluirá o lançamento do PAC-3 MSE de um navio e a validação da comunicação com o radar SPY-1", o principal sensor do sistema de mísseis Aegis.
Os EUA escolheram o Japão como local para a produção conjunta de mísseis Patriot, e a Lockheed Martin quer estabelecer uma nova linha de produção para os rastreadores de mísseis na Flórida, disseram fontes da indústria à Reuters.
O míssil balístico antinavio mais sofisticado de Pequim, o DF-27, que usa um veículo planador hipersônico para manobrar até seu alvo, foi testado em 2023. O relatório militar chinês do Pentágono naquele ano disse que a arma estava "em desenvolvimento".
O Pentágono diz que o DF-27 pode atingir até 8.000 km e parece usar uma ogiva aerodinâmica que pode manobrar para escapar das defesas ou atingir mais facilmente um alvo em movimento, disse Tim Wright, da equipe de iniciativa de defesa antimísseis do Instituto Internacional de Estudos Estratégicos.
Contudo, o PAC-3 tem alcance menor que os mísseis SM-6 da Marinha e não pode atingir o espaço. O cartucho PAC-3 também é muito menor que um SM-6 ou SM-3, pesando cerca de 300 kg em comparação a 1.500 kg do SM-6, é cerca de 9 cm menor em diâmetro.
O custo por míssil vária, mas ambos custam aproximadamente US$ 4 milhões cada (R$ 22,7 milhões), de acordo com estimativas.