A galáxia, com o nome JADES-GS+53.18343−27.79097, surgiu apenas 700 milhões de anos após o Big Bang e é aproximadamente 100 vezes menor que a Via Láctea. No entanto, ao contrário da maioria das galáxias, o seu crescimento parece ter ocorrido às avessas – com estrelas formando-se mais rapidamente na periferia do que no interior do seu denso núcleo.
Modelos teóricos previram que tais galáxias seriam comuns em todo o Universo primordial, mas os cientistas careciam anteriormente da capacidade de observar através da poeira e gás que as obscurecia. Agora, graças ao JWST, os pesquisadores confirmaram suas previsões vislumbrando a mais antiga já vista. O estudo foi publicado na revista Nature Astronomy.
As galáxias no nosso Universo local crescem de duas formas: capturando gás suficiente para formar novas estrelas ou fundindo-se com galáxias menores. Mas se estes são os únicos mecanismos, ou se outros podem ter existido em fases iniciais no Universo, permanece incerto.
Para estudar esta questão, os pesquisadores analisaram dados sobre galáxias antigas coletados durante o levantamento JADES (Levantamento Extragaláctico Profundo Avançado) do JWST, escreve Live Science.
Eles descobriram que a galáxia tem um núcleo muito denso e está rodeada por um disco de gás e poeira cujas estrelas estão em rápida formação – fazendo com que a galáxia duplique o seu tamanho uma vez a cada 10 milhões de anos, em comparação com a taxa de duplicação da Via Láctea de 10 bilhões de anos. Assim que estas estrelas ganham forma, elas migram lentamente para o núcleo e fazem com que a galáxia gire mais rápido, como um patinador no gelo puxando os braços mais perto do corpo, explicam pesquisadores.
Com a galáxia encontrada, os pesquisadores dizem que agora vão procurar outras semelhantes.