As Forças de Defesa de Israel (FDI) disseram que atingiram na noite de sábado (26) alvos militares no Irã em resposta aos ataques ao Estado judeu em 1º de outubro. O ataque israelense ao Irã foi limitado a alvos militares, sem envolver instalações nucleares ou petrolíferas.
Ao mesmo tempo, o Ministério das Relações Exteriores iraniano condenou veementemente a ação e a classificou como uma clara violação do direito internacional, da Carta da ONU e do artigo sobre proibição de ameaça ou uso de força contra a integridade territorial e a soberania dos Estados.
Referindo-se aos avisos das autoridades iranianas competentes, o ministério disse: "Com base em seu direito inerente à legítima defesa, estipulado no Artigo 51 da Carta da ONU, a República Islâmica do Irã considera-se legítima e obrigada a se defender contra atos estrangeiros de agressão", diz a nota deste sábado (26), citada pela agência Tasnim.
Teerã também pediu à comunidade internacional que tome medidas coletivas urgentes para impedir as tentativas de Israel de "iniciar uma guerra" no Oriente Médio e observou que o Irã empregará todas as capacidades físicas e espirituais da nação iraniana para proteger seus interesses e segurança.
A chancelaria iraniana também sublinhou que a causa raiz das tensões e da insegurança na região "é a continuação da ocupação do regime israelense e das ações ilegais e criminosas, especialmente o genocídio do povo palestino e os atos de agressão contra o Líbano, que são realizados com total apoio militar e político dos Estados Unidos e de alguns outros governos ocidentais".
O ataque israelense na madrugada deste sábado deixou dois soldados iranianos mortos e alguns locais sofreram "danos limitados".