O presidente da Bolívia, Luis Arce, anunciou neste domingo (27) a abertura de uma investigação para apurar o ataque armado contra Evo Morales ocorrido mais cedo, na cidade de Shinahota, no departamento de Cochabamba, região central do país.
"O exercício de qualquer prática violenta na política deve ser condenado e esclarecido. Não é com a busca por mortos que os problemas se resolvem nem com especulações tendenciosas. Portanto, em resposta à denúncia do ex-presidente Evo Morales de um suposto ataque contra sua vida ordenei uma investigação imediata e completa para esclarecer este fato", informou Arce em comunicado.
Morales foi alvo do ataque a tiros pela manhã, saindo ileso do episódio. Em entrevista à rádio boliviana Kawsachun Coca, ele afirmou que foi seguido por outros dois veículos, onde estavam os autores do ataque, que dispararam 14 vezes contra seu carro. Posteriormente, ele divulgou um vídeo que mostrava pelo menos dois buracos de bala em seu carro e seu motorista, aparentemente ferido, com sangue na nuca.
Ele culpou o atual governo pelo episódio. Morales e Arce se enfrentam em uma disputa política que rachou a esquerda na Bolívia. Ambos tentam ser o candidato do partido Movimento ao Socialismo (MAS) nas eleições de 2025.
Durante a tarde, a presidente de Honduras, Xiomara Castro, condenou o ataque contra Morales.
"Condeno o violento ataque perpetrado contra o ex-presidente Evo Morales. É urgente tomar medidas para garantir a sua segurança", publicou Castro em redes sociais.