No sábado (26), Teerã fez a mesma acusação, dizendo que os Estados Unidos deixam Israel usar o espaço aéreo iraquiano controlado pelos norte-americanos para bombardear o país.
"O Iraque enviou uma nota oficial de protesto ao secretário-geral [António Guterres] e ao Conselho de Segurança da ONU, condenando a flagrante violação cometida pela entidade sionista [israelense] relativamente ao espaço aéreo e à soberania do Iraque, bem como a utilização do espaço aéreo iraquiano para realizar um ataque contra a República Islâmica do Irã em 26 de outubro", indica o comunicado citado pelos meios de comunicação social.
A nota sublinha que o Iraque proíbe a utilização tanto do seu espaço aéreo como do seu território para atacar outros Estados, especialmente os vizinhos, com os quais mantém relações de amizade e interesse mútuo.
O primeiro-ministro iraquiano, Mohammed al-Sudani, instruiu o Ministério das Relações Exteriores do país a contactar os Estados Unidos e examinar esta violação por parte de Israel, tendo em conta o Acordo-Quadro Estratégico assinado em 2009 entre Bagdá, sob o qual Washington prevê garantir a segurança e a soberania do Iraque.
O comando militar da Jordânia também denunciou que Israel interveio no seu espaço aéreo para atacar o Irã.
Nas primeiras horas de 26 de outubro, as Forças de Defesa de Israel (FDI) lançaram ataques de precisão contra alvos militares no Irã em resposta aos bombardeamentos iranianos no início de outubro. As FDI especificaram que o principal alvo do ataque foram as instalações de produção de mísseis que Teerã disparou contra o território israelense durante o ano.