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Made in USA: quase 50% dos fuzis apreendidos em 2024 no Rio de Janeiro vieram dos EUA

Cerca de 47% dos fuzis apreendidos em 2024 no estado do Rio de Janeiro foram fabricados nos Estados Unidos, disse o secretário de segurança pública do estado fluminense, Victor dos Santos, nesta terça-feira (29).
Sputnik
As declarações foram feitas após uma reunião com representantes das forças de segurança do estado e do Ministério de Justiça e da Segurança Pública (MJSP), que discutiu o confronto entre policiais e criminosos armados que causou a morte de três cidadãos, na semana passada, na Avenida Brasil, zona norte da capital do Rio.

"A gente sabe que uma grande parte desses fuzis vem dos Estados Unidos. Muitos vão de forma legal para outros países e depois são desviados para cá. Vamos buscar fazer um trabalho junto ao Consulado. Talvez contar com representação junto à ATF [Escritório de Álcool, Tabaco, Armas de Fogo e Explosivos dos Estados Unidos], que é a agência que fiscaliza e reprime esse tipo de crime", declarou o secretário.

No encontro também foi definida a criação de um grupo de trabalho para combater o crime organizado. Santos adiantou que a rota dos armamentos é um dos focos do grupo e que já há informações a respeito e o foco, além das finanças das organizações criminosas e a retomada dos territórios.
O secretário nacional de segurança pública do MJSP, Mário Luiz Sarrubbo, adiantou que o grupo vai se aprofundar na economia do crime em determinados territórios para que seja possível substituí-la posteriormente pela economia do Estado:

"[...] pela economia legal, que gera renda e gera também impostos para o Estado, de forma que possamos ter uma sociedade civil organizada, que é o que todos nós pretendemos", afirmou ele. "Já sabemos o caminho, então também vamos trabalhar nesse campo. É muito fuzil para pouco metro quadrado", acrescentou ele.

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O secretário do Rio descreveu o tamanho do desafio:

"Temos mais de 17 mil quilômetros de fronteira seca. Mais de 7,5 mil quilômetros de fronteira marítima. O Brasil é um país de dimensões continentais. A gente vê outros países com recursos muito maiores que o Brasil e não conseguem sequer fechar uma fronteira por conta de imigração. Então a dificuldade é grande", disse ele.

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