O sarcófago foi descoberto na segunda metade do século XIX e veio do Egito para o museu escocês em 1936.
Os especialistas envolvidos na reconstrução acreditam que se tratava de uma mulher negra chamada Takerheb, do reino de Cuxe, um dos maiores impérios do mundo antigo, cujas terras incluíam o atual Sudão.
"Nesta época, há 2.500 anos, foi quando o império cuxita conquistou o Egito. Temos toda uma sequência de faraós negros, cuxitas", disse Dr. Mark Hall, responsável pelas coleções do museu, citado pelo jornal.
Foi possível determinar que a mulher morreu aos 30 anos e que sofria de graves problemas dentários.
Cientistas escoceses do Museu de Perth 'ressuscitam' múmia de antiga princesa africana de 2,5 mil anos
© Foto / Museu de Perth
Dada a falta de cabelo, os cientistas acreditam que ela pode ter sido uma sacerdotisa ou princesa.
"Todas as sacerdotisas e sacerdotes rapavam todo o cabelo, porque estavam a embalsamar cadáveres. Era uma questão de cerimónia e de higiene. Se ela fosse uma princesa, provavelmente também teria rapado a cabeça, mas talvez usasse uma peruca cerimonial", explicou Dr. Chris Rynn, antropólogo craniofacial.
Os cientistas estimam que Takerheb viveu no período entre 760 e 525 a.C.
O Museu de Perth é um museu privado, sem fins lucrativos, situado na cidade escocesa de Perth.
A coleção do museu inclui a Pedra da Coroação, também conhecida como Pedra de Scone, um bloco oblongo de arenito vermelho que foi usado durante séculos na coroação dos monarcas da Escócia, e mais tarde dos monarcas do Reino Unido.