"O BRICS é o protesto do Sul Global contra o objetivo de estabelecer a estrutura de poder do mundo unipolar com o eixo norte-americano", disse Kazem Jalali à Sputnik.
A aliança econômica BRICS, inicialmente composta por Brasil, Rússia, Índia, China, África do Sul, foi ampliada em 1º de janeiro de 2024 com a entrada da Arábia Saudita, Egito, Emirados Árabes Unidos, Etiópia e Irã.
O embaixador iraniano sublinhou que o BRICS, de fato, opõe-se à ditadura ocidental na arena global e apoia mudanças na governança global.
"O Irã é um dos países que está na vanguarda desta abordagem no cenário mundial. [...] A presença de um país como o Irã em uma organização como o BRICS contribui para o aprofundamento desta essência", acrescentou.
A aliança BRICS representa atualmente quase metade da população mundial, 40% da produção mundial de petróleo e cerca de 25% das exportações de bens.
A Rússia ocupa a presidência rotativa do grupo desde 1º de janeiro de 2024 e organizou uma cúpula de 22 a 24 de outubro na cidade de Kazan, com a presença de chefes de Estado e de governo e altos delegados de 36 países, bem como representantes de seis organizações internacionais, incluindo o secretário-geral da ONU, António Guterres.