A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) anunciou nesta sexta-feira (1º) que a bandeira tarifária amarela está de volta nas contas de luz em todo o Brasil. Com isso, a cobrança extra passa para R$ 1,885 a cada kWh, bem abaixo do patamar anterior.
Conforme a autarquia, o retorno das chuvas levou à melhoria das condições para geração de energia no país, após meses consecutivos de seca extrema em várias regiões.
"Com o acionamento da bandeira amarela, a vigilância — quanto ao uso responsável da energia elétrica — é fundamental. A orientação é para utilizar a energia de forma consciente", informou a agência em nota.
Apesar disso, o momento ainda é de atenção, já que a expectativa para o atual ciclo é de chuvas abaixo da média histórica, o que afeta principalmente as hidrelétricas, de onde vem a maior parte da geração de energia elétrica do país.
As bandeiras tarifárias foram criadas em 2015 pela Aneel para cobrir os custos adicionais com o acionamento das usinas termelétricas, que são mais caras. Entre abril de 2022 e julho deste ano, as condições mantiveram a bandeira em nível verde, sem cobranças adicionais.
"Ele [o sistema de bandeiras] reflete o custo variável da produção de energia, considerando fatores como a disponibilidade de recursos hídricos, o avanço das fontes renováveis, bem como o acionamento de fontes de geração mais caras, como as termelétricas", informa a Aneel.
Os meses de junho, julho e agosto deste ano registraram o menor volume de chuvas nas regiões Sudeste e Centro-Oeste dos últimos 94 anos.
Com os reservatórios prejudicados devido às secas, o governo espera usar 70% a 80% das termelétricas, entre outras medidas, para garantir segurança energética ao país.