A antiga cidade de Dzibanché (que significa "escrita em madeira" na língua maia) foi fundada por volta de 300 a.C., durante o período clássico. A cidade serviu como capital da dinastia Kaan, uma poderosa linhagem maia que conquistou e controlou vastas áreas das terras baixas centrais dos maias durante o período clássico mesoamericano.
Arqueólogos do INAH realizaram recentemente escavações na zona arqueológica de Dzibanché como parte do Programa para o Melhoramento das Zonas Arqueológicas (Promeza), ligado ao projeto Trem Maia, escreve Heritage Daily.
Durante os trabalhos foram descobertas duas plataformas a oeste de um campo de jogo de bola, onde os arqueólogos encontraram murais ornamentados que retratam cenas dos governantes da dinastia Kaan.
O primeiro mural mostra duas figuras guardando um pedestal, que outrora suportou uma estátua, ao lado de símbolos referindo os governantes Kaan. O segundo representa figuras contra um fundo de céu noturno, com estrelas, serpentes e motivos comuns nas formas de arte maias e teotihuacanas.
O terceiro mural tem cenas de criaturas mitológicas e animais associados às constelações. Serpentes entrelaçadas aparecem como um motivo recorrente em todas as cenas, simbolizando os governantes Kaan de Dzibanché e reforçando sua reivindicação à linhagem divina.