"Um caso ainda mais anormal se soma ao caso de abuso de menores aberto na Bolívia: o ex-presidente boliviano é acusado de ter relações com quatro menores durante o período em que recebeu asilo político [na Argentina]", disse o ministro.
Bullrich acrescentou que há 15 dias o ministério entrou com uma ação judicial "por possível tráfico de pessoas e violência sexual".
Na Bolívia, Morales é suspeito de, durante seu mandato (2006-2019), ter abusado sexualmente de uma menor que deu à luz uma criança cujo pai tem o nome do ex-presidente na certidão de nascimento. Morales nega a acusação e diz que ela tem motivação política, já que ele planeja desafiar Luis Arce nas eleições presidenciais de 2025.
Pelo menos 200 soldados estão retidos por apoiadores do Morales, após o ataque a três quartéis no departamento de Cochabamba, segundo o governo boliviano. O ato é parte dos protestos que começaram há 20 dias, promovidos por simpatizantes do antigo governante.
Na segunda-feira (28), Evo Morales foi acusado pelo governo de furar um posto de controle, no domingo (27), na região de Villa Tunari, no departamento de Cochabamba, e disparar contra policiais, após denunciar um atentado contra sua vida.
Morales postou um vídeo nas redes sociais feito de dentro de um carro em movimento com pelo menos dois buracos de bala no para-brisa. O boliviano é visto no banco do passageiro da frente, e o motorista parece ferido.
Ontem, Morales disse que iniciará uma greve de fome para pressionar o governo por um diálogo, com o objetivo de discutir questões econômicas, referente à escassez de moeda estrangeiras, e políticas, para negociar a libertação de manifestantes presos nos últimos dias.