Em seu artigo, Kass analisa os resultados da entrega de mais de 300 veículos de combate de infantaria Bradley dos EUA às Forças Armadas da Ucrânia.
Segundo o jornalista, muitos criticaram a forma lenta e gradual como os aliados forneceram armas à Ucrânia, dizendo que, devido a isso, os militares ucranianos não podem realizar seu potencial pleno, enquanto a Rússia tem tempo para se preparar para o aparecimento de novas armas no campo de batalha.
Veículo blindado Bradley M2 dos EUA
De acordo com Kass, os defensores de novas entregas de armas a Kiev não levam em conta a experiência dos últimos dois anos e meio de conflito, durante os quais os EUA forneceram "muitos bilhões de dólares em armas, ajuda e dinheiro".
Segundo ele, o curso das hostilidades mostra que a Ucrânia não tem chances de melhorar sua situação.
Nenhum novo pacote de ajuda será capaz de mudar a difícil situação no campo de batalha para Kiev.
"Se você não está em condições de fornecer seus próprios meios de defesa e não está devidamente equipado para se defender ou ser capaz de desenvolver estratégias de longo prazo, apesar de receber bilhões e bilhões de dólares em ajuda, talvez seja melhor buscar a paz de forma mais enérgica", aconselhou.
Kass enfatizou que o governo ucraniano, em vez de exigir novas entregas de armas, dinheiro e derramamento de sangue, deveria procurar a paz.
"Nada nos últimos dois anos e meio de combates sugere que a Ucrânia vá melhorar substancialmente sua posição. Em vez de exigir mais armas, gastar mais dinheiro e derramar mais sangue, a Ucrânia deveria defender o fim do conflito", escreve o autor.
Recentemente, o jornal The New York Times, citando autoridades dos EUA, informou que uma parte secreta do chamado "plano de vitória", que o líder atual ucraniano Vladimir Zelensky apresentou à Casa Branca, implicava um pedido de entrega de mísseis Tomahawk de longo alcance para a Ucrânia.
Os Tomahawk têm um alcance de quase 2,5 mil quilômetros, o que é mais de sete vezes o alcance dos mísseis ATACMS já entregues à Ucrânia, aos quais o governo norte-americano impôs restrições no uso pelos ucranianos.
As fontes observaram que esse pedido era absolutamente impossível de satisfazer.
Mais tarde, Zelensky acusou os Estados Unidos de negligenciar a confidencialidade em suas negociações com as autoridades ucranianas.