"As forças de ocupação cometeram massacres contra famílias palestinas em uma escola da UNRWA [Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina no Próximo Oriente, em tradução livre] no campo de refugiados de Shati, causando 14 mortes", informaram as autoridades do enclave palestino.
Já as Forças de Defesa de Israel (FDI) não responderam aos questionamentos sobre o ataque ocorrido a oeste da cidade de Gaza.
Nos últimos meses, Israel realizou dezenas de bombardeios aéreos contra escolas em todo o enclave sitiado, estruturas onde centenas de milhares de palestinos deslocados pelos combates buscaram refúgio. O país afirma que combatentes do Hamas usam os espaços e outros locais de proteção para os civis como cobertura, transformando os palestinos e trabalhadores humanitários em escudos humanos.
Pouco depois do ataque, os militares ordenaram a evacuação do campo de refugiados de Shati, entre outros bairros, o que gerou pânico entre os palestinos que, nos últimos dias, haviam procurado abrigo nessas áreas devido à ofensiva renovada de Israel contra o Hamas mais ao norte da Faixa de Gaza.
Enquanto isso, as FDI comunicaram que permitirão que 300 caminhões carregados de ajuda humanitária, fornecida pelos Emirados Árabes Unidos, entrem no território palestino nos próximos dias. Já os Estados Unidos solicitaram que Israel permita a entrada diária de pelo menos 350 caminhões com ajuda ao enclave devastado pela guerra.
Já o organismo militar israelense, responsável pelos assuntos civis em Gaza, comunicou que a ajuda foi trazida por mar e descarregada no porto de Ashdod, adjacente ao norte de Gaza. Também acrescentou que o envio, que inclui alimentos, água, equipamentos médicos, abrigo e suprimentos de higiene, será inspecionado antes de ser transportado por caminhões para Gaza, sem especificar uma data.