De acordo com o Financial Times (FT), o procurador especial Jack Smith, nomeado para supervisionar dois casos contra Trump — um sobre interferência na eleição geral de 2020 e outro alegando que ele manipulou documentos confidenciais — "está examinando como encerrar" os procedimentos "antes que ele tome posse", uma vez que nos EUA um presidente em exercício não pode ser processado, uma política adotada pelo departamento.
Sendo os mais sérios enfrentados por Trump, o primeiro, na Geórgia, acusou ele e outros de interferir nas eleições de 2020, enquanto o outro — movido pelo promotor público de Manhattan — alega que o futuro presidente falsificou registros comerciais para ocultar pagamentos que compravam o silêncio da atriz pornô Stormy Daniels com quem teve um caso. Trump foi condenado por todas as 34 acusações criminais no caso de Manhattan no início deste ano.
Entretanto, se os casos vão ser encerrados, ainda não é possível dizer, mas no dia 15 de novembro o Departamento de Justiça dos EUA deve apresentar uma resposta a um tribunal que está ouvindo o recurso no caso dos documentos, e os advogados de Trump têm um prazo em paralelo de 21 de novembro no caso de interferência nas eleições.
Segundo juristas ouvidos pela apuração, nos procedimentos da Geórgia, é possível que Trump possa pedir ao Departamento de Justiça para abrir um processo junto ao tribunal federal para paralisá-los.
Ao que tudo indica, a vitória eleitoral de Trump pode desferir um golpe potencialmente fatal em todos os processos criminais contra ele. Até mesmo no caso Stormy Daniels, no qual Trump receberia a sentença no dia 26 de novembro em Nova York, é muito provável que esta seja adiada até depois da próxima eleição presidencial.