"O Escritório do Alto Comissário das Nações Unidas para os Direitos Humanos tem verificado os detalhes individuais dos mortos em Gaza por ataques, bombardeios e outras condutas de hostilidades. Dessas fatalidades, até agora descobriu-se que cerca de 70% das vítimas eram crianças e mulheres, indicando uma violação sistemática dos princípios fundamentais do direito internacional humanitário, incluindo distinção e proporcionalidade", disse o ACNUDH em uma declaração à imprensa.
A agência das Nações Unidas identificou três faixas etárias de crianças entre os falecidos: as entre 5 e 9 anos, aquelas entre 10 e 14 anos, e bebês e crianças menores de 4 anos. Além disso, a ACNUDH relata que cerca de 80% das mortes ocorreram em moradias residenciais.
Em outubro de 2023, Israel sofreu um ataque coordenado de militantes do Hamas, que abriram fogo contra alvos militares e civis, e sequestraram mais de 200 pessoas. O atentado também resultou em cerca de 1,1 mil mortes.
Como retaliação, as Forças de Defesa de Israel (FDI) anunciaram um bloqueio da Faixa de Gaza e lançaram incursões terrestres e ataques aéreos a alvos civis. Mais de 43 mil palestinos foram mortos e mais de 100 mil sofreram ferimentos desde o início do conflito, diz o Ministério da Saúde de Gaza.