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Contas públicas têm rombo de R$ 7,3 bi em setembro; Lula fala em especulação do mercado após pressão

Dados divulgados pelo Banco Central nesta segunda-feira (11) mostraram que as contas do setor público (governo federal, estados, municípios e estatais) registrou déficit de R$ 7,34 bilhões em setembro.
Sputnik
Apesar do resultado negativo, ainda é menor do que o registrado no mesmo mês do ano passado, quando chegou a R$ 18,07 bilhões. O anúncio acontece em meio à pressão do mercado financeiro pelo corte de gastos do governo federal, situação que chegou a aumentar a cotação do dólar no país, que chegou a R$ 5,87 no início do mês.
Conforme o balanço, houve melhoria nas contas da União que explicam o resultado melhor deste ano. Já no acumulado do ano, o setor público já registra um déficit que ultrapassa R$ 93,5 bilhões. Nos últimos 12 anos, o valor chega a R$ 245,6 bilhões, índice que representa 2,15% do produto interno bruto (PIB).
O governo central, que conta com Banco Central, Previdência Social e Tesouro Nacional, viu o déficit chegar a R$ 3,9 bilhões, enquanto estados e municípios registraram rombo de R$ 3,17 bilhões em setembro.
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Lula diz que 'vencerá mercado financeiro outra vez'

Em entrevista no último domingo (10) à RedeTV!, o presidente Luiz Inácio da Lula (PT) comentou a pressão do mercado financeiro sobre a redução de gastos públicos no país, do qual citou a "gana especulativa".

"Eu vejo o mercado falar bobagem todo dia. Sabe, eu não acredito nisso não, porque eu venci eles uma vez e vou vencer outra vez. A economia vai dar certo porque o povo está participando do crescimento deste país", declarou, ao lembrar que o pacote de cortes ainda está em discussão no governo.

"Nós não podemos mais jogar — toda vez que você tem que cortar alguma coisa — em cima do ombro das pessoas mais necessitadas. Eu quero saber o seguinte. Se eu fizer um corte de gastos pra diminuir a capacidade de investimento do orçamento, a pergunta que eu faço é a seguinte: o Congresso vai aceitar reduzir as emendas de deputados e senadores para contribuir?", questionou o presidente.
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