O estudo "Os custos do crime e da violência: expansão e atualização das estimativas para a América Latina e o Caribe" (em tradução livre) aponta que o alto índice de mortes e encarceramentos, de investimentos públicos para conter o problema e os gastos das empresas para se protegerem são os principais fatores que prejudicam a economia dos países da região.
O orçamento, destinado à segurança e justiça criminal, equivale a 78% do orçamento regional destinado à educação — o dobro do valor investido em assistência social e 12 vezes investimentos voltados para a pesquisa e o desenvolvimento.
Os números se mantiveram praticamente inalterados em relação ao estudo anterior do BID, publicado em 2017.
O relatório do BID mostra ainda que, caso os países da América Latina e do Caribe pudessem reduzir esses custos para os níveis europeus, teriam quase 1% adicional do PIB disponível para programas sociais.
A pesquisa também compara o custo direto do crime na América Latina e no Caribe com seis países europeus — Polônia, Irlanda, República Tcheca, Portugal, Países Baixos e Suécia —, que os custos são 42% menores com violência e crime, uma média 2% do PIB.
O estudo afirma que reduzir o custo do crime para esses níveis liberaria o equivalente a quase 1% do PIB da América Latina e do Caribe para investir em programas de bem-estar social.