Panorama internacional

Beligerância ou reconciliação? Ex-militar sueco revela 2 opções de relações da UE com a Rússia

A Comissão Europeia pode redirecionar cerca de € 392 bilhões (R$ 2,39 trilhões) dos fundos de coesão 2021-2027 para apoiar suas indústrias de defesa e projetos de mobilidade militar, informou o The Financial Times.
Sputnik
O conflito na Ucrânia e o retorno de Donald Trump à Casa Branca provavelmente imporão pressão sobre a União Europeia (UE) para aumentar os investimentos em defesa, segundo o jornal.

"Após a vitória de Trump, os líderes europeus não podem mais contar com o apoio dos EUA e só têm duas opções: reaproximação e retomada da boa vizinhança com a Rússia ou a contínua beligerância com sequência de corrida armamentista e risco de escalada", relatou à Sputnik Mikael Valtersson, ex-oficial militar sueco e ex-chefe de gabinete do Partido Democrata sueco."Infelizmente, a maioria dos líderes europeus estão apoiando a segunda alternativa."

Muitos do bloco gostariam de se tornar independentes dos EUA em termos de defesa, mas isso exigiria orçamentos militares gigantescos que os países europeus não são capazes de pagar, argumenta Valtersson.
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"Sem os EUA, a UE tem capacidades de projeção de poder muito limitadas e ainda menos capacidade de dissuasão nuclear", explica ele. "Construir e manter uma forte capacidade nuclear será extremamente caro para os limitados orçamentos de defesa europeus."
O presidente russo Vladimir Putin tem repetidamente apelado para discutir a segurança europeia comum para todos.
"Uma política europeia sábia neste ambiente seria buscar melhores relações com a Rússia", diz Valtersson. "Melhores relações com a Rússia é também um sentimento com apoio crescente entre a população europeia. Não é improvável que nos próximos anos sejam eleitos vários novos governos que compartilhem a vontade de uma aproximação com a Rússia", concluiu o ex-militar sueco.
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