A probabilidade de os ucranianos irem às urnas nesta primavera (Hemisfério Norte) é bastante alta, já que o novo governo dos EUA pode ter sua própria agenda em relação ao assunto, disse Aleksandr Dudchak, pesquisador líder do Instituto de Países da Comunidade de Estados Independentes (CEI) e especialista no movimento Outra Ucrânia, à Sputnik ao discutir a apuração do The Economist sugerindo que as eleições na Ucrânia podem ocorrer já em 25 de maio.
O novo governo dos EUA está frustrado com Vladimir Zelensky, e Donald Trump pode se lembrar dos momentos em que o primeiro ignorou o pedido de assistência do 45º presidente em relação às informações sobre as atividades da família Biden na Ucrânia, de acordo com Dudchak.
"Eles [a nova equipe de Donald Trump] provavelmente tentarão estabelecer seu próprio poder na Ucrânia, porque o atual topo da administração colonial ucraniana é, afinal, cliente dos serviços especiais britânicos. Nem tudo é tão cor-de-rosa nas relações entre britânicos e norte-americanos, pois há certas contradições, uma situação que Trump pode querer mudar", aponta o especialista.
Quanto aos resultados, eles provavelmente serão conhecidos de antemão se as eleições forem realizadas sob controle ocidental, argumenta Dudchak. "Eles [o Ocidente] saberão perfeitamente bem quem será o próximo presidente ucraniano, porque nessas condições alcançar o resultado desejado não é problema algum", disse o especialista, acrescentando que Zelensky não desempenhará nenhum papel no processo.
Quando se trata de candidatos presidenciais, eles "estão na boca de todos" e quaisquer novos nomes são improváveis, disse o especialista, citando o ex-comandante-chefe ucraniano Valery Zaluzhny, o ex-presidente do Parlamento, Dmitry Razumkov, e o ex-presidente Pyotr Poroshenko.
Esse último critica regularmente o regime de Zelensky, apelando às pessoas comuns para lembrar o quão "maravilhosamente" ele governou o país, concluiu Dudhcak.