Borrell é conhecido por sua posição negativa em relação às negociações de paz entre a Ucrânia e a Rússia, insistindo na implementação da chamada "fórmula de paz" do atual líder ucraniano Vladimir Zelensky e na continuação da entrega de armas ocidentais para Kiev.
Ele também apoia ativamente a ideia de autorizar ataques contra o território russo com armas de longo alcance fornecidas pelo Ocidente.
"Os Estados Unidos [sob Trump] não são os mesmos que eram sob Obama. A Espanha sob Franco, por exemplo, também era diferente da Espanha sob González", disse Borrell em uma audiência no Parlamento Europeu sobre as relações entre a UE e os EUA.
A única diferença entre Trump e Franco, de acordo com Borrell, é que Trump foi eleito pelos cidadãos americanos.
Ao mesmo tempo, o alto diplomata pediu a Trump que mantivesse seu apoio à Ucrânia, dizendo que a Europa está mais ativa no fornecimento de ajuda a Kiev.
"A história vai condenar o Ocidente, se ele [Trump] deixar a Ucrânia cair", alegou.
Anteriormente, Trump prometeu que seria capaz de chegar a uma solução negociada para o conflito ucraniano.
Ele disse várias vezes que poderia resolver o conflito na Ucrânia em um dia.
O Kremlin respondeu observando que o problema era muito complexo para uma solução tão simples.
Além disso, Trump criticou repetidamente a abordagem dos EUA em relação ao confronto na Ucrânia e ao próprio Zelensky.
Assim, em seus comícios, ele o chamou de "o maior vendedor da história" que leva US$ 60 milhões (R$ 344 milhões) com ele cada vez que visita os EUA.