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Entre resoluções, decisões e dissidência, 1º dia da Cúpula do G20 é marcado por avanços

Carlos Fávaro, ministro da Agricultura e Pecuária do Brasil, e Alexandre Silveira, ministro de Minas e Energia, durante entrevista coletiva no primeiro dia da Cúpula do G20
O primeiro dia da reunião dos líderes do Grupo dos Vinte (G20) — os 20 países mais ricos do mundo — foi marcado por declarações, firmamento de acordos e dissidência de "hermanos". A cúpula foi realizada nesta segunda-feira (18), no Museu de Arte Moderna (MAM) do Rio de Janeiro.
Sputnik
Na abertura da 2ª Sessão da Reunião de Líderes do G20 para tratar de reformas institucionais, o presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, ressaltou o momento de criação do grupo e ponderou mudanças necessárias para se adaptar à nova ordem do mundo.
O presidente brasileiro fez questão de ressaltar que, naquele momento de crise, "escolheu-se salvar os bancos, em vez de ajudar pessoas, optou-se por socorrer o setor privado, em vez de fortalecer o Estado, decidiu-se priorizar economias centrais, em vez de apoiar países em desenvolvimento. O mundo voltou a crescer, mas a riqueza gerada não chegou aos mais necessitados".
No início da noite de hoje, o presidente argentino, Javier Milei, que relutou, mas acabou cedendo sua assinatura do pacto global contra a fome, avisou que deseja sair do pacto da ONU de 2030. Declaração foi dada durante reunião do grupo.
O presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva sorri durante reuniões bilaterais um dia antes da abertura da Cúpula do G20, no Rio de Janeiro, 17 de novembro de 2024
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Lula abre Cúpula do G20 e lança a Aliança Global contra a Fome e a Pobreza (VÍDEO)

Hipocrisia do gás

Enquanto a Cúpula do G20 ocorria, ministros de Lula concederam entrevistas coletivas para falar de avanços dentro dos acordos firmados com parceiros. Entre eles, a aquisição de mais gás natural vindo da Argentina.
Questionado pela Sputnik sobre a imagem brasileira frente ao memorando, sendo a Argentina utilizadora do fracking (técnica de extração dos gases de Vaca Muerta), o que contraria a proposta de não danificar o meio ambiente, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, disse que "o que vai definir a transição energética é exatamente a defesa que o presidente Lula faz de forma tão vigorosa, e eu repito, a consciência, o fortalecimento da governança global e a consciência dos grandes líderes globais para que a gente acelere a transição energética, que tem um custo para as nossas nações, tem um custo para o mundo".
"Se nós fizermos de forma adequada, e ainda for uma necessidade do Brasil, eu ainda defendo que a gente deve ter estudos sobre a exploração de gás de fraque em qualquer parte do mundo até que a gente faça a transição energética de forma segura", complementou.

Combate à fome

Já o ministro de Reforma Agrária, Paulo Teixeira, disse que o dia e o momento são históricos. Segundo ele, há um papel importantíssimo desempenhado pela agricultura familiar no combate à fome e no equilíbrio climático — ainda repletos de desafios.

"Hoje é um dia histórico. Entendemos [o Brasil] a importância de falar para o mundo sobre o combate à fome, que é uma bandeira do presidente Lula", assegurou.

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