As tentativas de Biden de fortalecer a posição ucraniana, segundo a agência, incluem, entre outras:
Permissão dada a Kiev de atacar o território russo em profundidade com mísseis de longo alcance, o que Moscou encarou como uma grave escalada do conflito;
Autorização de enviar para a Ucrânia minas antipessoal, uma decisão que foi condenada por muitos defensores de direitos humanos;
Disposição para cancelar quase US$ 5 bilhões (R$ 29 bilhões) da dívida ucraniana.
Essa estratégia de Biden tem o objetivo de ajudar o atual líder ucraniano Zelensky e mostrar à Ucrânia que ela tem capacidade de responder à Rússia se as hostilidades continuarem, diz o artigo.
Dito isso, alguns especialistas acreditam que nem todas as ações de Biden nas semanas restantes de seu mandato são desfavoráveis aTrump.
"Algumas das decisões que Biden está tomando agora podem ajudar Trump, provavelmente colocando-o em uma posição mais forte para acabar com a guerra", disse Shelby Magid, vice-diretor do Centro da Eurásia do Conselho Atlântico.
Durante sua campanha eleitoral, Trump prometeu que seria capaz de chegar a uma solução negociada do conflito ucraniano, dizendo que poderia resolver o conflito na Ucrânia em um dia.
O Kremlin respondeu observando que o problema era muito complexo para uma solução tão simples.
Além disso, Trump criticou repetidamente a abordagem dos EUA em relação ao confronto na Ucrânia e ao atual líder ucraniano Vladimir Zelensky, chamando esse de "o maior comerciante da história", que leva US$ 60 milhões (R$ 344 milhões) com ele cada vez que visita os EUA.