Panorama internacional

Netanyahu percebeu que é impossível alcançar objetivos da guerra no Líbano, diz ministro à Sputnik

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, percebeu a impossibilidade de alcançar os objetivos estabelecidos para a guerra no Líbano, e todas as condições indicam que em breve pode ser alcançado um acordo de cessar-fogo, afirmou à Sputnik o ministro da Cultura do país, Mohammad al-Murtada.
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"Claramente, o agravamento da situação nas regiões norte e central de Israel gerou uma onda de informações sobre a possibilidade de cessar a guerra, já que o primeiro-ministro Netanyahu percebeu que não atingirá nenhum de seus objetivos, tanto os declarados quanto os não declarados, por meios militares. A resistência frustrou seus planos, e o povo libanês tem se oposto de forma resoluta à agressão brutal nas últimas semanas", disse al-Murtada.

Segundo o ministro, tudo indica que em breve um acordo de cessar-fogo pode ser alcançado, mas o Líbano precisa ser cauteloso. Ao todo, mais de 3,5 mil pessoas já morreram no país por conta dos ataques, e pelo menos 15 mil ficaram feridas, enquanto o número de pessoas que precisaram deixar suas casas é superior a 1,2 milhão.
"Todas as informações disponíveis indicam que finalmente prevaleceu a razão em Israel e, possivelmente, já na terça-feira (26) o país começará a se mover para concluir um acordo de cessação das hostilidades no Líbano e ratificá-lo", acrescentou ele.

"Agora, há esperança de que a agressão israelense contra o povo libanês seja interrompida, mas ainda não é possível prever o que acontecerá na próxima fase, até que Israel faça uma declaração oficial sobre isso e comece a implementar a Resolução 1701 do Conselho de Segurança da ONU [Organização das Nações Unidas]. Nesse sentido, eu aconselharia os libaneses a não serem excessivamente otimistas e a manterem cautela e prudência", observou al-Murtada.

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De acordo com o ministro libanês, o gabinete israelense simplesmente não tem mais meios políticos para continuar o conflito. Além disso, pontuou que o governo do Líbano está totalmente preparado e, logo após o anúncio do cessar-fogo, se reunirá para discutir os próximos passos. "O problema é que Tel Aviv, ao contrário de Beirute, não respeita a resolução 1701 e não quer cumprir suas disposições", ressaltou.
Anteriormente, uma fonte nos círculos políticos libaneses informou à Sputnik que o mais provável é que o chefe interino do governo libanês, Najib Mikati, anuncie o cessar-fogo na próxima quarta-feira (27). Ele também acrescentou que um dos pontos do acordo será a eleição do presidente do Líbano, em meio ao vácuo presidencial que já dura dois anos.
A mídia israelense, citando autoridades que não se identificaram, informou nesta segunda-feira (25) que um acordo de resolução com o Líbano pode ser alcançado ainda nesta semana. No fim de semana, o primeiro-ministro Netanyahu chegou a convocar uma consulta com o ministro da Defesa israelense, Yoav Gallant, e altos funcionários da segurança para discutir o acordo, promovido pela parte norte-americana.
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No início da semana passada, o enviado especial do presidente dos EUA para o Oriente Médio, Amos Hochstein, chegou a Beirute com o intuito de ouvir a posição do Líbano e do movimento Hezbollah sobre os pontos do acordo proposto pelos Estados Unidos para o cessar-fogo com Israel.
Hochstein afirmou que, durante as negociações com o presidente do Parlamento libanês, Nabih Berri, foi alcançado certo progresso. Após a visita, a autoridade norte-americana fez negociações em Tel Aviv.
Já o secretário-geral do Hezbollah, Naim Qassem, afirmou na última semana que o movimento concordava em continuar as negociações indiretas para um cessar-fogo com Israel, com base na proposta dos EUA e com a mediação de Berri. Porém, teria dado como condição que Israel interrompa completamente as hostilidades e respeite a soberania do Líbano, sem a possibilidade de incursões no espaço aéreo ou de violação das fronteiras terrestres ou marítimas.
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