"Vamos proibir, porque os criminosos não poderão solicitar a mudança de prisão sob a égide da identidade de gênero", informou o presidente durante evento na Casa Rosada, sede do Executivo.
"Conosco, esta estupidez termina", disse Milei sobre o processo que permite aos reclusos que solicitam a mudança de gênero obterem transferência prisional com condições de detenção mais flexíveis.
Como argumento da proibição, Milei destacou que o chefe de Los Monos — quadrilha de tráfico de drogas da cidade de Rosário, em Santa Fé — havia solicitado dez habeas corpus "para mudar de gênero e poder receber visitas de homens".
Durante o encontro, Milei prometeu que tentará fazer com que essa mudança seja incorporada também pelos sistemas penitenciários provinciais.
"Só em um país cujos valores foram profundamente perturbados é que tal atrocidade pode ser permitida", disse o presidente.
Segundo o chefe de Estado, "durante muitos anos, neste país, a política tentou colocar os criminosos no lugar das vítimas e as vítimas no lugar dos criminosos".
Desde que assumiu o cargo, em dezembro, a atual gestão rebaixou a subsecretaria o Ministério da Mulher, Gênero e Diversidades, pasta criada pelo governo anterior, presidido por Alberto Fernández (2019–2023), responsável pela aplicação das leis de proteção ainda em vigor para prevenir, punir e erradicar a violência contra as mulheres. Em junho, o atual presidente optou também por dissolver a subsecretaria.