Anteriormente, Trump declarou que vai assinar uma ordem executiva impondo tarifas de 25% sobre todos os produtos do México e do Canadá a partir de 20 de janeiro, após assumir o cargo, devido ao problema não resolvido da imigração ilegal e do influxo do tráfico de drogas no país.
Trump também vai impor uma tarifa adicional de 10% sobre os produtos da China devido à suposta inação de Pequim em interromper as remessas de droga de fentanil para os EUA.
Neste sentido, a posição dos Estados Unidos no mundo lhes dá uma vantagem em tais ações, disse Gong Honglie, professor associado do Instituto de Relações Internacionais da Universidade de Nanjing.
Os Estados Unidos, sendo a maior economia do mundo, é um parceiro-chave de muitos países, assim, tarifas alfandegárias são uma das principais ferramentas da política externa norte-americana.
O especialista ressaltou que isso se aplica especialmente a Trump, que recebeu o apelido de "tariff man" (homem das tarifas) durante sua primeira presidência.
"Pode se ver que, na verdade, ele [Trump] está mais uma vez recorrendo a métodos de pressão [sobre outros países], o que é muito semelhante ao estilo político durante seu primeiro mandato presidencial", disse o especialista.
Contudo, segundo Gong, o primeiro mandato de Trump mostrou que os objetivos declarados e os resultados alcançados são muito diferentes uns dos outros, mas a probabilidade de Trump realizar a política de tarifas permanece bastante alto.
Ao mesmo tempo, neste caso, Trump pode fazer "descontos" para alguns países, em particular para aqueles que façam concessões muito grandes, acrescentou o especialista.
Enquanto isso, Gong acredita que o método de pressão com tarifas alfandegárias tem seus limites: muitos países que foram pressionados por Trump no seu primeiro mandato conseguiram manter sua linha política e se acostumar às novas condições econômicas.
"No curto prazo, é possível atingir objetivos políticos por meio de pressão econômica, mas em uma perspectiva de longo prazo o resultado será muito limitado", afirmou.