Em um novo estudo publicado na International Journal of Historical Archaeology, pesquisadores divulgaram descobertas interessantes durante escavações arqueológicas no Vale de Santa Cruz, no Arizona. Foram encontrados cerâmica europeia, peças de armas, incluindo um canhão de bronze e fragmentos de jarras de vidro e azeite nas ruínas de um edifício espanhol de pedra e adobe, parte do assentamento de curta duração de San Geronimo III, segundo os pesquisadores.
O canhão de bronze fundido em areia, com 42 polegadas de comprimento e cerca de 40 libras (aproximadamente 18 quilos) de peso, foi identificado como sendo parte integrante da expedição à América do Norte em 1539 de Francisco Vázquez de Coronado, um conquistador espanhol que saiu com 350 soldados em busca da inexistente, mas lendária região das Sete Cidades de Ouro, ao norte do México.
O canhão de 42 polegadas de comprimento e cerca de 40 libras (18 quilos) foi encontrado no chão de uma estrutura espanhola de pedra e adobe
"Não é apenas a primeira arma recuperada da expedição Coronado, mas consultas com especialistas em todo o continente e na Europa revelam que também é a arma de fogo mais antiga já encontrada dentro dos EUA continentais", explicou o arqueólogo Deni Seymour, um dos autores do artigo.
A antiga arma de fogo também era chamada de "arma de muralha", era normalmente usada como uma arma defensiva posicionada em um tripé de madeira em muros de fortificação e exigia dois operadores. No entanto, no caso de Coronado tal canhão teria sido usado ofensivamente, normalmente para perfurar as paredes mais fracas de edifícios em comunidades indígenas.
Mesmo que os arqueólogos tenham conseguido datar o canhão da época de Coronado, as características mais simples da fundição sugerem que, ao contrário dos canhões espanhóis mais elaborados, ele pode ter sido construído no México ou no Caribe.