"Embora o alcance do novo míssil russo seja menor que o de um míssil balístico intercontinental, ele se tornou a arma de maior alcance já usada na Europa", diz o artigo, citando o analista britânico Nick Brown.
Segundo observa o autor do artigo, apesar de o "Oreshnik não ser um míssil intercontinental, suas características técnicas ainda lhe permitirão efetivamente alcançar a maior parte da Europa".
Devido às especificidades da trajetória balística de voo e à presença de submunições, o novo míssil russo não pode ser interceptado pelos atuais meios de defesa aérea.
Em resposta ao uso de mísseis ocidentais de longo alcance ATACMS (EUA) e Storm Shadow (Reino Unido) contra o território russo, Moscou lançou um ataque combinado contra a fábrica Yuzhmash do complexo militar-industrial da Ucrânia na cidade de Dnepropetrovsk, que produzia, entre outros, veículos de lançamento (foguetes), mísseis balísticos e motores para foguetes.
Moscou advertiu reiteradamente que a OTAN está "brincando com fogo" ao fornecer armas para a Ucrânia, e que os trens com equipamentos militares estrangeiros seriam um "alvo legítimo" para seu Exército assim que cruzassem a fronteira. Segundo o Kremlin, a política ocidental não contribui para eventuais negociações entre a Rússia e a Ucrânia e tem, ao invés, um efeito muito negativo.