Panorama internacional

Vendas de armas dos EUA para Taiwan prejudicam relações China-EUA e ameaçam a paz, diz MRE chinês

A venda de armas pelos Estados Unidos para Taiwan prejudica as relações China-EUA e põe em risco a paz e a estabilidade no estreito de Taiwan, disse o Ministério das Relações Exteriores chinês neste domingo (1º).
Sputnik
Na sexta-feira (29), o Pentágono disse que havia aprovado um possível acordo para vender peças de reposição para caças F-16 e radares no valor de US$ 385 milhões (cerca de R$ 2,3 bilhões) para Taiwan.

"A medida viola a lei internacional e envia sinais falsos aos independentistas taiwaneses, prejudica as relações China-EUA e põe em risco a paz e a estabilidade no estreito de Taiwan", dizia a declaração.

Segundo o Ministério das Relações Exteriores da China, as vendas de armas de Washington para Taiwan violam seriamente o princípio de Uma Só China e as disposições dos três comunicados conjuntos China-EUA.
Para além disso, a China condenou veementemente o "trânsito" do chefe da administração de Taiwan, Lai Ching-te, por território norte-americano, tendo apresentado um protesto firme a Washington.

"A China se opõe firmemente a qualquer forma de interação oficial entre os EUA e a região de Taiwan, se opõe firmemente a qualquer viagem do líder das autoridades de Taiwan aos EUA em qualquer nome ou sob qualquer pretexto, e se opõe firmemente a qualquer forma de conivência ou apoio dos EUA aos aderentes à 'independência de Taiwan' e suas atividades independentistas. A China condena veementemente os arranjos dos EUA para a 'escala' de Lai Ching-te e apresentou sérios protestos aos EUA", disse o ministério.

A questão de Taiwan está no cerne dos interesses fundamentais da China e também é "a primeira linha vermelha que não pode ser cruzada nas relações China-EUA", disse.
O Ministério das Relações Exteriores também pediu aos EUA que interrompam os contatos oficiais com Taiwan e deixem de enviar sinais falsos aos independentistas taiwaneses.

"A China acompanhará de perto os acontecimentos e tomará medidas resolutas e fortes para defender a soberania e a integridade territorial de nossa nação", enfatizou o Ministério.

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Taiwan tem 12 aliados diplomáticos restantes: o Paraguai, Belize, Guatemala, Haiti, Ilhas Marshall, Palau, São Cristóvão e Nevis, Santa Lúcia, São Vicente e Granadinas, Eswatini, Tuvalu e o Vaticano. Taipé mantém laços com os países restantes por meio de suas "missões econômicas e culturais". Anteriormente, havia mais países que mantinham relações diplomáticas com Taiwan, mas nos últimos anos muitos decidiram cortá-las e estabelecer relações oficiais com a China, incluindo El Salvador, República Dominicana, Burkina Faso, Panamá, Kiribati, Ilhas Salomão e Nicarágua.
Anteriormente, a Agência Central de Notícias de Taiwan (CNA) relatou que o chefe da administração da ilha, Lai Ching-te, visitaria as Ilhas Marshall, Tuvalu e Palau a partir de 30 de novembro. Durante suas visitas, Lai deve fazer, em particular, paradas de trânsito no Havaí e na ilha de Guam. Neste domingo, a agência relatou que Lai Ching-te chegou ao Havaí para uma parada de trânsito de dois dias.
A situação em torno de Taiwan piorou depois que a então presidente da Câmara dos Representantes dos EUA, Nancy Pelosi, visitou a ilha no início de agosto de 2022. A China, que considera a ilha parte de seu território, condenou a visita de Pelosi como apoio dos EUA às forças independentistas taiwanesas e, em resposta, realizou exercícios militares em larga escala na área.
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