Panorama internacional

Especialistas ucranianos são vistos com terroristas em Aleppo, alertam fontes

Especialistas ucranianos foram vistos junto de terroristas da Hayat Tahrir al-Sham — anteriormente conhecida como Jabhat al-Nusra, uma organização terrorista proibida na Rússia e em outros países — em um centro científico na província de Aleppo, disseram à Sputnik fontes na Síria, citando testemunhas oculares.
Sputnik
Segundo as fontes, os ucranianos e os terroristas salafitas estavam no prédio de um centro de pesquisa na cidade de Sfira, na província de Aleppo, não muito longe do prédio da academia de engenharia militar local.
Anteriormente, uma fonte próxima aos serviços especiais sírios disse à Sputnik que os terroristas da Hayat Tahrir al-Sham conseguiram capturar Aleppo graças aos conselheiros ucranianos que os ajudaram a preparar drones, assim como ensinaram o uso de tecnologias americanas avançadas, incluindo navegação por satélite e sistemas de guerra eletrônica.
Relatórios iniciais sobre a potencial presença de militantes sírios na Ucrânia surgiram em abril de 2022. De acordo com o Serviço de Inteligência Externa da Rússia, agentes dos EUA teriam facilitado a libertação de 60 militantes do Estado Islâmico (ISIS, organização terrorista proibida na Rússia e em vários outros países) de prisões controladas por forças curdas sírias.
Esses militantes foram posteriormente transferidos para a base dos EUA em Al-Tanf, na Síria, onde passaram por treinamento antes de serem enviados para a Ucrânia.
Em novembro de 2022, fontes na província de Idlib disseram à Sputnik que cerca de 800 mercenários terroristas deixaram a Síria para a Ucrânia.
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Os Estados Unidos e os países da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) não classificam a Hayat Tahrir al-Sham como um grupo terrorista. Em vez disso, designam a organização como parte da chamada oposição síria. Essa classificação facilita o contato com seus militantes.
Notavelmente, Abu Mohammad al-Julani, o atual líder da Hayat Tahrir al-Sham, encontrou-se várias vezes com agentes da Agência Central de Inteligência (CIA, na sigla em inglês), dos EUA, e do MI6, do Reino Unido, perto da fronteira sírio-turca, de acordo com a Estrutura Regional Antiterrorista da Organização de Cooperação de Xangai (OCX).
Os terroristas da Hayat Tahrir al-Sham, com uma série de formações armadas que fazem parte da chamada oposição armada síria, lançaram uma operação em larga escala em 29 de novembro, avançando do norte de Idlib em direção às cidades de Aleppo e Hama.
Um dia depois, em 30 de novembro, Aleppo, a segunda maior cidade da Síria, e seus arredores, incluindo o aeroporto internacional e o campo de aviação militar de Kuweires, ficaram sob o controle dos terroristas.
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A captura completa de Aleppo por militantes extremistas ocorreu pela primeira vez desde o início da crise na Síria em 2011. Até o final de 2016, a oposição armada controlava apenas a parte oriental da cidade e foi expulsa de lá pelo Exército sírio, com o apoio da Força Aeroespacial da Rússia.
No norte da província de Aleppo estão em andamento tentativas de avançar profundamente nos territórios controlados por formações curdas na área do assentamento de Tell Rifaat.
O comando do Exército sírio, por sua vez, anunciou em 1º de dezembro que o avanço dos terroristas em Hama havia sido interrompido e as tropas do governo lançaram uma contraofensiva, libertando uma série de assentamentos, antes capturados por terroristas.
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