Durante o evento, Lula destacou a importância do crescimento econômico combinado com a distribuição de renda. Ele mencionou o aumento de 11,9% na massa salarial e enfatizou a necessidade de vincular esse crescimento ao aumento do salário mínimo.
Para Lula, fortalecer o poder de compra dos trabalhadores é essencial, pois "o salário que o empresário paga cria o consumidor que sustentará o comércio e a indústria".
A planta, que integra o Projeto Cerrado, da Suzano, é considerada a maior do mundo em linha única de produção de celulose, com capacidade anual de 2,55 milhões de toneladas.
O aporte foi de R$ 22,2 bilhões, sendo R$ 15,9 bilhões destinados à construção da fábrica e R$ 6,3 bilhões voltados para a logística e a formação da base de plantio.
O empreendimento é o maior investimento privado em andamento no Brasil. A instalação já gerou cerca de 3 mil empregos diretos e indiretos na região.
Lula também aproveitou a ocasião para reforçar seu compromisso com a redução das desigualdades. Criticou a concentração de riqueza nas mãos de poucos e defendeu uma economia que permita a todos acesso a bens essenciais e qualidade de vida.
"Um país civilizado é feito de parcerias, não de mandos e desmandos", afirmou.
Além de Lula, participaram do evento o governador de Mato Grosso do Sul, Eduardo Riedel (PSDB), os ministros Geraldo Alckmin (Desenvolvimento, Indústria e Comércio), Simone Tebet (Planejamento e Orçamento) e Rui Costa (Casa Civil), assim como deputados federais e estaduais.
Tebet afirmou que são "8 milhões de pessoas fora da pobreza graças a políticas públicas que dialogam com iniciativas como esta", resgatando um anúncio feito ontem (4) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que apontou uma redução no número de brasileiros que vivem em situação de pobreza. O contingente, que era de 67,7 milhões, caiu para 59 milhões, uma queda de 14,7%. Agora o percentual de pobres no país é de 27,4%, o menor da série histórica.