"Todos os países se pronunciaram a favor do acordo alcançado com a UE, em relação ao texto do acordo de livre-comércio entre o Mercosul e a UE", disse o chanceler à imprensa.
Paganini destacou que espera que o acordo seja finalizado no dia 6 de dezembro, durante a cúpula de chefes de Estado do Mercosul, que ocorrerá na capital uruguaia.
Na jornada atual, os chanceleres dos países do Mercosul revisaram o estado das negociações do acordo com o comissário de Relações Interinstitucionais da UE, Maros Sefcovic.
"Chegou-se a um texto de comum acordo", afirmou o funcionário uruguaio.
O chanceler valorizou a presença da presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, na cúpula que ocorrerá amanhã.
"A presença de Ursula von der Leyen no Uruguai demonstra o sucesso de um processo de negociação e o apoio à etapa final de fechamento, que é a que estaríamos amanhã com os líderes", afirmou.
Mais cedo, von der Leyen disse que a concretização do acordo estava próxima e fez um apelo para que fosse concluído para benefício dos dois blocos.
"Temos a oportunidade de criar um mercado de 700 milhões de pessoas. A maior associação comercial e de investimentos que o mundo já viu. Ambas as regiões se beneficiarão", escreveu no X (antigo Twitter).
O acordo de livre-comércio entre a UE e o Mercosul foi negociado por mais de duas décadas, até que se chegou a um consenso em 2019. No entanto, ainda não foi ratificado devido às diferenças entre os países.
Na Europa, a França rejeita o acordo com o Mercosul, alegando seu possível impacto ambiental e o risco de concorrência desleal na agricultura. O governo do país se encontra sob forte pressão por parte de produtores locais, que exigem a manutenção do protecionismo.
"O projeto de um acordo entre a UE e o Mercosul é inaceitável em seu estado atual", disse o presidente francês, Emmanuel Macron, no dia 5 de dezembro.
O Mercosul é o quinto maior bloco econômico do mundo e foi fundado por Argentina, Paraguai, Uruguai e Brasil, em 26 de março de 1991, em Assunção. Além da Venezuela, atualmente suspensa, a Bolívia também integrou o bloco, após ratificar sua adesão em julho.