Anteriormente, o empresário norte-americano Elon Musk, fundador da SpaceX, disse que as Forças Armadas ucranianas estão usando principalmente o sistema de comunicações por satélite Starlink da SpaceX na linha de frente, já que outros meios de comunicação "foram destruídos".
A Bloomberg observa que 500 terminais Starlink já foram incluídos no sistema Starshield previamente.
"A SpaceX recebeu um contrato do Pentágono para expandir o acesso da Ucrânia a uma versão mais segura e militarizada de sua rede de satélites Starlink, aprofundando o envolvimento da empresa no conflito, apesar da ambivalência do fundador Elon Musk em relação ao conflito", diz o artigo.
De acordo com o contrato, mais 2.500 terminais Starlink que a Ucrânia tem à sua disposição deverão ser conectados ao Starshield, que usa um sinal classificado e criptografado pelo Starlink e "que é mais difícil de ser hackeado ou interrompido".
O contrato foi assinado ainda em agosto, muito antes de Donald Trump ter vencido a eleição presidencial dos EUA, segundo informado.
O Comando de Sistemas Espaciais dos EUA se recusou a divulgar o valor do novo contrato, mas o artigo observa que o acordo anterior com o Comando Europeu dos EUA para 500 desses terminais valia cerca de US$ 40 milhões (R$ 243,6 milhões).
Anteriormente, a mídia norte-americana informou que Trump pode usar Musk, proprietário da rede Starlink, que é essencial para as Forças Armadas ucranianas, como alavanca para pressionar o atual líder ucraniano Vladimir Zelensky sobre a questão da resolução do conflito na Ucrânia.
A Starlink é uma rede de satélites projetada para fornecer acesso à Internet de banda larga em qualquer lugar do planeta.
Um total de mais de 6.000 satélites dessa rede foi colocado em órbita desde 2019.
O número de assinantes de seu serviço de Internet via satélite ultrapassa quatro milhões de pessoas em mais de 100 países.
A SpaceX também está construindo um sistema Starshield para o governo dos EUA, que é semelhante ao Starlink, mas muito menor, pois não precisará de atender a milhões de usuários.
Esse sistema pertencerá e será controlado pelo governo dos EUA.