Segundo Al-Thani, a situação na Síria está se desenrolando em uma direção muito perigosa.
"Alertamos sobre a possibilidade de uma guerra civil. [...] Há preocupações de que uma guerra civil coloque em risco a unidade da Síria, a menos que uma solução política seja alcançada", disse ele durante o Fórum de Doha no sábado (7).
Ele ressaltou que é preciso criar a estrutura necessária para ser possível alcançar uma solução sustentável na Síria.
Ao mesmo tempo, o Ministério da Defesa da Síria relata que suas Forças Armadas, juntamente com a Força Aeroespacial da Rússia, lançaram ataques maciços contra as posições e rotas de suprimento dos terroristas nas províncias de Homs e Hama ao norte de Damasco.
Segundo o ministério, os grupos terroristas perderam até 2.500 militantes na última semana.
Contudo, as tropas sírias também tiveram que se reposicionar em torno das cidades de As-Suwayda e Daraa, que ficam ao sul do Damasco, "criando uma forte linha de defesa nessas áreas", de acordo com o comunicado do Ministério da Defesa da Síria.
Tensões na Síria
No dia 27 de novembro, terroristas da Hayat Tahrir al-Sham (organização terrorista proibida na Rússia e em vários outros países) lançaram, juntamente com vários grupos armados da oposição síria, uma ofensiva em grande escala contra o exército do país nas províncias sírias de Aleppo e Idlib. Ações na região retornaram pela primeira vez desde 2016.
Também na semana passada, em 30 de novembro, os radicais tomaram o controle da cidade de Aleppo, incluindo o aeroporto internacional e a base aérea de Kuwayris, algo que não acontecia desde a eclosão do conflito armado na Síria, em março de 2011, em que as forças governamentais enfrentam grupos armados de oposição e organizações terroristas.
Os comandantes regulares do Exército afirmam ter interrompido a ofensiva na área de Hama e recuperado algumas cidades.
Nesta sexta-feira (6), a mídia informou que grupos armados tomaram as cidades de Al-Rastan e Talbiseh, localizadas entre as províncias de Hama e Homs.