A Rússia os concedeu asilo. O ex-presidente sírio e seus familiares receberam asilo na Rússia por questões humanitárias, disse a fonte no Kremlin. A falta de diálogo entre as forças da região teria sido um dos fatores que fez com que o agora ex-líder sírio deixasse sua nação em prol de sua vida.
Em meio a esse impasse, o Ministério das Relações Exteriores da Rússia informou que Assad deixou o gabinete presidencial e o país , após negociações com a oposição, dando instruções para transferir o poder de forma pacífica.
"A Rússia sempre apoiou a busca por uma solução política para resolver a crise síria. Partimos da necessidade de retomar as negociações sob os auspícios da ONU", disse, neste domingo, uma fonte do Kremlin à esta agência.
Rússia preocupada
A Rússia, que busca intermediar soluções para o conflito na região, disse estar muito preocupada com os acontecimentos recentes na Síria e conclama a rejeição do uso da violência e a resolução de todas as questões de governança por meios políticos, segundo a chancelaria.
"Como resultado das negociações entre Assad e vários participantes do conflito armado no território da Síria, ele decidiu renunciar à presidência e deixou o país, instruindo uma transferência pacífica de poder", diz o comunicado.
Contudo, a Rússia está em contato com todas as formações da oposição síria, complementou a chancelaria.
Situação na Síria
A situação na Síria vem se agravando há algum a cada nova informação sobre os avanços de grupos militantes e mudanças políticas em meio ao conflito na região. Nesse sábado (7) e neste domingo (8), por exemplo, as investidas vêm crescendo cada vez mais.
No dia 27 de novembro, membros da Hayat Tahrir al-Sham lançaram, juntamente com vários grupos armados da oposição síria, uma ofensiva em grande escala contra o exército do país nas províncias sírias de Aleppo e Idlib. Ações na região retornaram pela primeira vez desde 2016.
Também na semana passada, em 30 de novembro, os radicais tomaram o controle da cidade de Aleppo, incluindo o aeroporto internacional e a base aérea de Kuwayris, algo que não acontecia desde a eclosão do conflito armado na Síria, em março de 2011, em que as forças governamentais enfrentam grupos armados de oposição e organizações terroristas.