"Devido aos acontecimentos na Síria, o serviço de migração decide suspender as decisões sobre a concessão de asilo a cidadãos sírios", informou a Agência Nacional das Migrações da Suécia nesta segunda-feira (9).
Segundo o comunicado, a suspensão é temporária enquanto o serviço público trabalha para obter informações sobre a situação política e segurança da Síria. Durante esse tempo, nenhuma decisão será tomada sobre autorizações de residência ou deportações.
Tal medida foi tomada não só pela Suécia. Grécia, Finlândia, Suíça, França, Alemanha, Dinamarca, Noruega, Bélgica, Itália e Holanda pararam ou anunciaram planos de parar os processos de asilo de refugiados sírios.
Em sua conta no X, a ministra holandesa de Asilo e Migração, Marjolein Faber afirmou:
"Os eventos na Síria se seguiram muito rapidamente nos últimos dias. É por isso que acabei de decidir suspender temporariamente o processamento de pedidos de asilo de pessoas da Síria."
Áustria se prepara para deportar
Dentre os países europeus, a Áustria levou sua decisão à próxima etapa. O ministro do Interior do país, Gerhard Karner, anunciou planos de deportar os imigrantes sírios para seu país.
Cerca de 100 mil sírios vivem atualmente na Áustria. O político não esclareceu a quais categorias de sírios se aplicarão as ordens de deportação.
Nos últimos anos, milhões de refugiados sírios chegaram à Europa devido ao agravamento da guerra civil Síria. Na Alemanha, o número de refugiados sírios é superior a 1,2 milhão.
O início dos procedimentos pelo retorno dos migrantes não é de agora. Em outubro, alguns países da União Europeia, liderados pela Itália, advogaram a normalização de laços com a Síria de modo a facilitar a deportação de imigrantes.
Para esses governos, os refugiados se tornaram um problema eleitoral, uma vez que muitos partidos conservadores e ultranacionalistas têm expandido suas bases a partir de um discurso anti-imigração.