Nesta segunda-feira (9), o Palácio do Planalto emitiu a ordem para que o corpo diplomático brasileiro deixasse a Embaixada em Damasco em meio à crescente escalada de tensão no país.
De acordo com a apuração do G1, a embaixada brasileira deve permanecer aberta, mas não há como garantir a segurança do prédio e de seus servidores, razão pela qual o governo de Luiz Inácio Lula da Silva ordenou o início da operação de resgate que está em andamento e conta com apoio da ONU.
Ao que tudo indica, a retirada do corpo diplomático brasileiro deve ocorrer em conjunto com outros representantes de países da Europa, que também decidiram por bem esvaziar suas representações após relatos de incidentes em algumas representações em Damasco. Em princípio, o destino dos funcionários é o Líbano, de onde devem ser transportados por avião até seus destinos.
Na avaliação do governo, a situação na Síria deve piorar nos próximos dias, uma vez que, com tantos grupos disputando uma liderança, alguns confrontos entre atores internos possam se intensificar.
Além disso, o Itamaraty também considera possível que o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu possa tentar anexar parte do território sírio em meio às conflagrações.
Até o momento, porém, não está previsto nenhum voo de repatriação do governo, mas o Ministério das Relações Exteriores já recomendou aos cerca de 3.000 brasileiros que vivem em território sírio que saiam do país por meios próprios o quanto antes.