Panorama internacional

Por que EUA e Israel estão tão felizes com a destruição da Síria?

A situação na Síria continua a ser complexa, porém os acontecimentos recentes apontam para possíveis cenários futuros, disse à Sputnik Stanislav Tarasov, analista político e especialista na região do Oriente Médio e do Cáucaso.
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Por que a mudança de regime aconteceu tão rapidamente?

O presidente sírio Bashar al-Assad transferiu pacificamente o poder para a oposição, em conformidade com o acordo de Doha, dias depois que os militantes lançaram seu avanço.

"Provavelmente, uma conspiração interna estava se formando dentro da liderança síria e do pessoal militar", sugeriu Tarasov.

Quem governará a Síria?

Ainda não está claro qual grupo de oposição dominará. Tarasov argumentou que, se a oposição secular prevalecer, a Síria terá um governo secular. Por outro lado, se as facções islâmicas assumirem o controle, o país poderá ter uma liderança no estilo Talibã (organização sob sanções da ONU por atividade terrorista).
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Por que Israel e os EUA estão interessados em balcanizar a Síria?

Tarasov acredita que as chances de fragmentação da Síria são altas, com cenários potenciais que incluem:
1) A Turquia assumindo o controle de Aleppo e Idlib;
2) Os curdos estabelecendo seu próprio Estado com o apoio de Israel e dos EUA;
3) O restante do país sendo dividido em vários enclaves.
De acordo com Tarasov, os EUA e Israel já começaram a implementar seu plano de fragmentação da Síria, conforme demonstrado pelo conflito em curso em Gaza.

Ambições regionais e possíveis riscos

Tarasov afirma que Israel pode estar planejando anexar Gaza e a Cisjordânia e fragmentar o Líbano para enfraquecer o movimento de resistência islâmica libanesa Hezbollah.
Em 8 de dezembro, membros da oposição armada na Síria, que haviam tomado a televisão estatal, afirmaram que haviam assumido o controle do país. O primeiro-ministro sírio Mohammed Ghazi al-Jalali disse que havia estabelecido contato com a liderança da oposição armada.
O Ministério das Relações Exteriores da Rússia disse que o presidente sírio Bashar al-Assad havia decidido renunciar e deixar a Síria após conversas com vários participantes do conflito sírio, instruindo a entregar o poder pacificamente, sem a participação da Rússia nas conversas.
No domingo (8), uma fonte do Kremlin disse à Sputnik que Assad e seus familiares haviam chegado a Moscou - a Rússia havia concedido asilo a eles por motivos humanitários.
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