A antropologia moderna estima que os primeiros representantes da espécie Homo sapiens, os humanos modernos, tiveram origem na África há cerca de 300 mil anos e só há cerca de 50 mil anos um grupo de pessoas saiu do continente e se encontrou com os neandertais que tinham ocupado a Europa.
O fato de que os últimos representantes do gênero Homo tinham se cruzado já era conhecido da ciência.
Contudo, os cientistas desconheciam o período durante o qual os neandertais deixaram seu DNA para as próximas gerações.
Um crânio de 45.000 anos encontrado em Ranis, Alemanha.
© Foto / Marek Jantac/Museu Nacional, Praga
De acordo com a publicação na Science, neandertais e humanos se cruzaram durante 7.000 anos, começando há cerca de 50.500 anos.
Enquanto isso, a pesquisa publicada na Nature estudou uma família de 45 mil anos que incluía uma mãe e um bebê que já tinham vestígios genéticos de neandertais durante 80 gerações naquele momento.
Um crânio de 45.000 anos encontrado em Ranis, Alemanha.
© Foto / Marek Jantac/Museu Nacional, Praga
Os cientistas acreditam que os primeiros encontros entre os dois tipos aconteceram no Oriente Médio, na saída da África.
"Hoje em dia, as pessoas que descendem da população que deixou a África ainda têm leves resquícios de ancestralidade neandertal em seu genoma, algo entre 1% e 3% de seu DNA", diz o jornal.
No estudo, as equipes de cientistas usaram ossos e crânio encontrados em uma caverna frequentada pelas pessoas antigas na República Tcheca e na Alemanha.