Para 2025, a projeção do mercado para o IPCA, índice oficial da inflação brasileira, é de que suba de 4,59% para 4,6% e, para 2026 e 2027, as previsões são de 4% e 3,66%, respectivamente.
A meta definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) do Banco Central é de 3% para este ano, com tolerância de 1,5 ponto percentual (p. p.) para cima ou para baixo. Logo, a previsão do mercado aponta para inflação acima do teto.
O IPCA de novembro, divulgado na última semana pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), subiu 0,39% em novembro e acumula alta de 4,87% na janela de 12 meses.
A partir de 2025, entrará em vigor o sistema de meta contínua. Assim, o CMN não precisará mais definir uma meta de inflação a cada ano, pois fixou o centro da meta contínua em 3%, com margem de tolerância de 1,5 p. p. para cima ou para baixo.
Na semana passada, na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), os técnicos do Banco Central subiram o principal instrumento de controle da inflação: a taxa básica de juros da Selic, de 11,25% para 12,25%.
Esse foi o terceiro aumento seguido da Selic, que voltou ao nível de dezembro do ano passado.
O aumento da taxa básica de juros visa conter a demanda aquecida ao encarecer o crédito e estimular a poupança.
Sobre o produto interno bruto (PIB), a previsão do boletim é de aumento da atividade econômica do país de 3,39% para 3,42% em 2024. O IBGE aponta alta acumulada no ano, de janeiro a setembro, de 3,3%.
Para 2025, a expectativa para o PIB é de crescimento de 2,01%. Para 2026 e 2027, o mercado financeiro estima expansão do PIB também em 2% nos dois anos. Em 2023, superando as projeções, a economia brasileira cresceu 3,2%. Em 2022, a taxa de crescimento havia sido de 3%.
A previsão de cotação do dólar está em R$ 5,99 para o fim deste ano. No fim de 2025, estima-se que a moeda norte-americana fique em R$ 5,85.