A agenda também inclui temas como os conflitos no Oriente Médio, com destaque para a Síria, questões de migração e a resiliência da própria UE no cenário global, cada vez mais em xeque.
Convidado pelo presidente do Conselho Europeu, António Costa, para a cúpula, Vladimir Zelensky já chegou em Bruxelas e teve uma reunião preliminar com o secretário-geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), Mark Rutte.
Conforme informou uma fonte europeia de alto escalão na véspera da cúpula, os principais temas do dossiê ucraniano que será entregue à UE incluirão o apoio ao setor energético durante o inverno, o fornecimento de sistemas de defesa aérea, munições e mísseis, e o treinamento das Forças Armadas, além da promoção de uma "paz justa e duradoura".
Já em relação à situação no Oriente Médio, o foco atual deve ser a Síria e o estabelecimento de contatos com as novas autoridades locais. Na véspera, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, declarou ao Parlamento Europeu que o bloco também deve revisar as sanções contra Damasco e oferecer apoio abrangente aos refugiados sírios na Europa que decidirem retornar ao país.
Na última terça (17), o chefe do governo interino sírio, Mohammed al-Bashir, chegou a solicitar que a comunidade internacional descongelasse as contas públicas do país, em meio à queda completa da libra síria.
Al-Bashir também enfatizou a importância da suspensão das sanções internacionais contra a Síria a fim de ativar o processo de reconstrução do país e apoiar os moradores da Síria, incluindo os refugiados que estão retornando ao país.
Além disso, ele destacou que o Ministério da Defesa do país será reorganizado para incluir representantes da oposição e oficiais do antigo Exército sírio que passaram para o lado dos oposicionistas.
Demais temas previstos na cúpula da União Europeia
Os líderes europeus ainda devem debater o papel da UE no cenário global, além de discutir as relações do bloco com o Reino Unido e as crises relacionadas ao clima, defesa e segurança.
A agenda inclui ainda a situação na Geórgia e na Moldávia, além de um relatório do primeiro-ministro da Hungria, Viktor Orbán, sobre os seis meses de presidência no Conselho da União Europeia.