O ministério militar russo diz que segue analisando as atividades biológico-militares dos EUA na Ucrânia e em outras regiões do mundo e que, agora, em foco está a África.
"O governo dos Estados Unidos vê a região como um reservatório natural ilimitado de agentes infecciosos perigosos e um campo de testes para produtos médicos experimentais", diz o comunicado.
De acordo com os dados do ministério, Washington criou um sistema de controle para gerenciar riscos biológicos em outros países.
Ele foi testado com sucesso na Ucrânia e na Geórgia e agora está sendo usado ativamente no continente africano.
O sistema tem como objetivos:
Obtenção de patógenos em áreas endêmicas e focos naturais;
Controle e gerenciamento da situação biológica para seu próprio benefício;
Análise da situação epidêmica ao longo das fronteiras dos adversários geopolíticos nas áreas planejadas para implantação de contingentes militares.
O Ministério da Defesa russo relata que as autoridades estadunidenses planejam criar, dentro de um ou dois anos, um centro para diagnóstico de doenças, testes de produtos médicos, estudo de patógenos perigosos e mecanismos de suas mutações, além do desenvolvimento e teste de vacinas modernas.
Para tal, os EUA já alocam de US$ 5 a US$ 10 milhões (R$ 40 a R$ 62 milhões) e podem expandir o financiamento até US$ 20 milhões (R$ 124 milhões).
"O resultado da 'ajuda seletiva' dos EUA à África é a degradação dos sistemas nacionais de saúde, a imposição de fornecedores de equipamentos médicos e medicamentos", concluiu o ministério.