"Em 2029 e 2030, o pré-sal começa a cair. Podemos perder a autossuficiência em 2032", alertou dos Anjos em entrevista ao jornal O Globo.
Segundo a diretora, a única forma de o Brasil se manter autossuficiente em petróleo é explorando a Margem Equatorial, decisão que ainda aguarda autorização do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), que há meses cobra mais garantias da petroleira para reduzir o impacto e o risco ao meio ambiente ao explorar a região.
A Margem Equatorial, segundo a executiva, representa 40% do investimento total previsto pela Petrobras na exploração de petróleo nos próximos anos, e a empresa já gastou "centenas de milhões de dólares" para cumprir com as exigências ambientais.
"Em fevereiro, a gente deve terminar o centro de proteção à fauna. Depois disso, acredito que a gente tenha a licença", disse dos Anjos.
Questionada sobre as alternativas da empresa caso ela não tenha autorização para explorar o petróleo naquela área, a diretora disse que vários países africanos demonstraram interesse em firmar parcerias com a Petrobras para explorar suas recentes descobertas, como o caso da Tanzânia, onde já houve descobertas.
"África do Sul, Namíbia, Angola, Gana, Guiné, Congo, Mauritânia, Moçambique, Tanzânia. Todos querendo que a gente participe mais. Não foi proposta. Esses países precisam de investimento e têm potencial de petróleo. Tanzânia já teve descobertas. A coisa mais importante é que viram a Petrobras como parceira", salientou.