Na quinta-feira (26), tanques israelenses avançaram mais de dez quilômetros da fronteira no sul do Líbano, chegando à área de Wadi al-Hujayr, onde os militares começaram a construir fortificações usando equipamentos especiais.
O comando da Força Interina das Nações Unidas no Líbano (UNIFIL, na sigla em inglês) expressou preocupação com as ações hostis de Israel no território libanês.
O primeiro-ministro do governo interino do país, Najib Mikati, disse que as autoridades libanesas estavam fazendo todo o possível para que a comunidade internacional e os EUA, em particular, pressionassem Israel a interromper as violações.
"O Hezbollah responderá aos ataques israelenses após o término do acordo de 60 dias. Durante esse período, o movimento reconstruirá sua ordem de combate e mobilizará suas forças", disse Ezzeddine.
De acordo com o especialista, o comando da resistência xiita está pacientemente permitindo que Israel retorne à estrutura de cessar-fogo, mas se os ataques contra o Líbano continuarem, o Hezbollah não terá escolha a não ser retaliar.
Ezzeddine ressaltou que todas as violações israelenses ocorrem em plena vista das forças de paz da ONU e do Exército libanês, sem qualquer resposta.
"Isso se deve à ausência de uma solução política, inclusive por parte dos EUA, o que mais uma vez confirma a necessidade da presença da resistência [Hezbollah]", acredita ele.
Na noite de 27 de novembro de 2024, o cessar-fogo acordado com a mediação americana entrou em vigor entre Israel e o Hezbollah após quase 14 meses de escalada contínua.
Apesar dos acordos firmados, o Exército israelense continua a violar os termos do acordo diariamente, invadindo o espaço aéreo libanês, atingindo alvos selecionados no sul do país, realizando reconhecimento aéreo sobre as principais cidades, inclusive Beirute, e invadindo assentamentos na fronteira libanesa.