"Em 4 e 5 de janeiro, uma Conferência Nacional Síria será realizada em Damasco, onde questões constitucionais e uma série de questões administrativas serão discutidas", informa o canal de TV.
De acordo com o A Haber, todas as camadas da sociedade e movimentos religiosos serão representados na conferência, que contará com mais de 1.200 convidados entre sírios e representantes estrangeiros.
No segundo dia do encontro, é esperado que o Hayat Tahrir al-Sham e os demais grupos armados anunciem seus desmembramentos e sejam integrados às Forças Armadas da Síria.
Além disso, segundo o canal de TV, o governo interno sírio supostamente teria definido o dia 5 de janeiro como prazo final para as tropas curdas anunciarem o fim da luta armada.
As autoridades do país estão mantendo o diálogo aberto com os militantes curdos das Forças Democráticas Sírias (SDF, na sigla em inglês) como forma de encerrar os conflitos no nordeste do país, afirmou a nova liderança síria, Ahmed al-Sharaa, como também é conhecido o líder do Hayat Tahrir al-Sham, Abu Mohammad al-Julani.
No domingo, o comando geral do país nomeou 49 pessoas para cargos de alta patente no Exército, a fim de desenvolver e modernizar a força, além de "garantir a segurança e estabilidade" do país. Entre os nomes estão rebeldes sírios e ex-oficiais que desertaram as forças governistas no início da guerra civil.
Ele também disse que os preparativos para as eleições na Síria podem levar quatro anos, e o processo de escrever uma nova constituição para a república árabe pode durar de três a quatro anos.
No final de novembro, grupos armados de oposição lançaram uma ofensiva em larga escala contra o Exército sírio. Em 8 de dezembro, entraram em Damasco. Bashar al-Assad renunciou ao cargo de presidente da Síria e deixou o país.
Em 10 de dezembro, Mohammed al-Bashir, que chefiou o chamado governo de salvação na província de Idlib, anunciou sua nomeação como chefe do gabinete de transição sírio, que durará até 1º de março de 2025.