Os cientistas já dispõem de uma grande quantidade de evidências de que as bactérias que fazem parte da microflora intestinal podem sintetizar substâncias que afetam, entre outras coisas, as capacidades cognitivas humanas.
"A forma como uma criança é alimentada, desde o nascimento, afeta a formação e a reprogramação de nosso sistema nervoso central e dos neurônios no cérebro", disse Danilenko à Sputnik.
Segundo ele, a ciência já conhece bem esses fatos, sabendo quais genes estão envolvidos nesses processos, quais bactérias e quais alimentos podem influenciá-lo.
Com base nos conhecimentos acumulados pelos cientistas, o geneticista conclui:
"Já podemos corrigir a capacidade de aprendizado das crianças, aliviar seus estados depressivos, o que vai melhorar suas capacidades intelectuais em geral."
De acordo com Danilenko, é possível fazer isso usando medicamentos naturais, feitos a partir da microflora intestinal que vão possibilitar aprimorar essas capacidades.
O microbioma (conjunto de genes dos microrganismos) do intestino humano é uma das comunidades microbianas mais ativamente estudadas.
Isso se deve à enorme complexidade de sua composição e à abundância de suas interações com o corpo humano.
A microbiota intestinal é cada vez mais reconhecida como um órgão separado devido à sua influência na fisiologia e na saúde humana.
Assim, cada vez mais cientistas apresentam hipóteses sobre o envolvimento da microbiota intestinal no desenvolvimento de várias doenças, inclusive doenças mentais, com mais e mais evidências surgindo a cada ano.