"Entre 7 de outubro de 2023 e 30 de junho de 2024, o ACNUDH registrou ataques contra pelo menos 27 dos 38 hospitais em Gaza e 12 clínicas adicionais. Um total de 136 ataques foram realizados", aponta o documento.
Segundo a agência, os ataques israelenses expuseram pacientes, pessoal médico e pessoas deslocadas a um risco significativo de morte e ferimentos.
O texto detalha que estes ataques foram realizados em momentos de grande demanda por serviços médicos devido ao crescente número de feridos palestinos, afetados pelos contínuos bombardeios das forças israelenses na região.
Além disso, os repetidos ataques a hospitais e seus arredores, bem como a transportes médicos, causaram a morte de médicos, pacientes e deslocados internos, além de gerarem destruição massiva.
Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) de 29 de dezembro de 2024, foram registados 1.273 ataques contra instalações médicas nos territórios palestinos ocupados desde outubro de 2023, causando 883 mortes e 1.416 feridos.
A guerra em Gaza eclodiu em 7 de outubro de 2023 com o ataque do Hamas contra mais de 20 comunidades israelenses, no qual cerca de 3.000 agressores mataram aproximadamente 1.200 pessoas e fizeram 251 reféns, a maioria civis.
A ofensiva israelense em Gaza desde então deixou pelo menos 45.541 mortos, quase metade dos quais, segundo os militares israelenses, combatentes do Hamas.
A Rússia e outros países instam Israel e o Hamas a concordarem com um cessar-fogo e a defenderem uma solução de dois Estados, aprovada pela ONU em 1947, como a única forma possível de alcançar uma paz duradoura na região.