"Continuamos dispostos a iniciar imediatamente negociações construtivas sobre nosso programa nuclear com o Ocidente, negociações que levem à conclusão de um novo acordo", enfatizou Araghchi.
No final de dezembro, o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores do Irã, Ismail Baghaei, revelou que uma nova rodada de negociações entre Irã, Alemanha, França e Reino Unido sobre o programa nuclear do país poderia ocorrer em janeiro de 2025.
Genebra chegou a sediar em novembro as negociações sobre o programa nuclear iraniano com os três países europeus. Segundo o Irã, o diálogo continuará em um futuro próximo.
Uma semana antes, a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) aprovou uma resolução promovida por Alemanha, Estados Unidos, França e Reino Unido, desconsiderando os resultados da visita do diretor-geral da agência, Rafael Grossi, ao Irã.
Em julho de 2015, o país árabe e seis mediadores internacionais – Alemanha, China, Rússia, Estados Unidos, França e Reino Unido – assinaram o Plano de Ação Conjunto Global (JCPOA, na sigla em inglês), que impôs uma série de limitações ao programa nuclear iraniano para excluir experimentos militares, em troca da suspensão das sanções internacionais.
Em maio de 2018, o então presidente dos EUA, Donald Trump, retirou os Estados Unidos do acordo e começou a impor sanções unilaterais ao Irã, alegando que o país continuava desenvolvendo armas nucleares, algo que não foi confirmado.
Um ano depois, Teerã respondeu reduzindo gradualmente seus compromissos no âmbito do JCPOA. Já em abril de 2021, as partes do acordo, juntamente com os EUA, retomaram as negociações em Viena para restabelecer o pacto nuclear, mas, em março de 2022, as consultas foram interrompidas.