O meio cita agentes do FBI que falaram sob anonimato. Segundo os depoimentos, o alto funcionário da agência no local "quebrou o decoro" e, sem explicação, descartou que os eventos fossem um ato terrorista.
"Os agentes se questionaram por que Lyonel Myrthil, o agente especial responsável pelo escritório do FBI em Nova Orleans, não parecia estar de serviço quando o ataque ocorreu, apesar de o que deveria ter sido um alerta máximo devido às importantes celebrações de Ano Novo e ao campeonato universitário de futebol, o Sugar Bowl, programado para o Superdome [estádio] da cidade no dia de Ano Novo", destaca o jornal.
Por volta das 3h de 1º de janeiro, hora de Nova Orleans, um carro atropelou uma multidão no centro histórico da cidade. O suspeito começou a disparar contra os policiais, matou dois e logo foi abatido.
Segundo o FBI, o atacante foi identificado como Shamsud Din Bahar Jabbar, de 42 anos, cidadão americano. O homem usava símbolo do Estado Islâmico, grupo terrorista proibido na Rússia.
Os agentes citados pela publicação responsabilizaram pela atuação do FBI o atual diretor, Christopher Wray, que no início de dezembro anunciou que renunciaria ao cargo neste mês.
"Isso é horrível. Isso é vergonhoso. Kash Patel é a pessoa que deveria estar lá", disse um agente ao meio de comunicação, referindo-se ao candidato do próximo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, para o cargo de diretor do FBI.
Além disso, condenaram o fato de que, após as investigações, as autoridades permitiram o acesso livre à residência de Jabbar. "O que parece é que o FBI não assegurou a residência após a ordem de busca, como deveria ter feito", disse um agente. "Eles não cumpriram as regras básicas de uma ordem de busca".