O golfo do México tem esse nome há mais de quatro séculos, uma determinação original que se acredita ter sido tirada de uma aldeia indígena norte-americana.
"Vamos mudar o nome do golfo do México para golfo da América, que tem um lindo anel. Isso cobre muito território, o golfo da América… Que nome lindo. E é apropriado", afirmou ele à imprensa em Mar-a-Lago, sua residência na Flórida.
A Organização Hidrográfica Internacional (OHI), da qual os Estados Unidos e o México são membros, trabalha para garantir que todos os mares, oceanos e águas navegáveis do mundo sejam cartografados e mapeados uniformemente, e também nomeia alguns deles.
Em 2012, um congressista do Mississippi propôs um projeto de lei para renomear as partes do golfo que tocam as praias do estado como "golfo da América", mas não foi aprovado.
Mais cedo, o futuro presidente citou um possível uso de força militar para tomar o controle do canal do Panamá e da Groenlândia por considerar esses territórios vitais para a segurança nacional dos EUA.
Desde o fim do ano passado, a insistência de Trump na retomada do controle norte-americano sobre o canal do Panamá gerou reações do país latino. Responsável por cerca de 6% de todo o comércio marítimo global e reduzindo 8 mil milhas náuticas ou mais (até 22 dias) nas viagens entre os oceanos Pacífico e Atlântico (em comparação com a via que contorna o sul das Américas), o canal do Panamá é um importante ponto econômico-estratégico e passou quase um século sob o controle dos EUA.
Desejos expansionistas de Trump
Para além da Groelândia e do Panamá, Trump já demonstrou outras vontades expansionistas antes mesmo de assumir a Casa Branca. Ontem (6), após o primeiro-ministro do Canadá, Justin Trudeau, anunciar a renúncia do cargo, Trump sugeriu que o país deveria se fundir com os Estados Unidos.
"Se o Canadá se fundisse com os EUA, não haveria tarifas, os impostos seriam grandemente reduzidos e eles estariam totalmente seguros da ameaça dos navios russos e chineses que os cercam constantemente", disse no Truth Social.