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Polícia prende suspeito de chefiar ataque em assentamento do MST em SP

A Polícia Civil informou neste sábado (11) que prendeu um homem suspeito de participar do ataque a um assentamento do MST em Tremembé, no interior do estado de São Paulo.
Sputnik
De acordo com a Folha de S. Paulo, citando a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo, o suspeito, apontado como mentor intelectual do crime, tem passagem por porte ilegal de arma de fogo. O suspeito tem 41 anos, mas o nome não foi divulgado.
Segundo o delegado, a polícia chegou até o suspeito através de reconhecimento feito por testemunhas que estavam no assentamento Olga Benário e viram os criminosos. Ainda segundo a autoridade, o suspeito confessou na delegacia ter participado do crime. Outros partícipes ainda são procurados, segundo a polícia, que não estima quantas pessoas participaram do ataque.
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O crime

Três pessoas morreram e cinco ficaram feridas após homens armados atacarem assentamento do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) em Tremembé.
Segundo o MST "bandidos armados invadiram o Assentamento por volta das 23 horas, em vários carros e motos, atirando contra as pessoas". O movimento também afirmou que haviam crianças e pessoas idosas entre os alvejados.
Gleison Barbosa de Carvalho, de 28 anos, e Valdir do Nascimento, 52 anos, morreram na hora. Denis Carvalho, de 29 anos, foi levado para o hospital com um tiro na cabeça, colocado em coma induzido, mas não resistiu. As demais vítimas foram levadas para o Hospital Regional de Taubaté e passaram por cirurgias para a retirada dos projéteis.

PF instaurará inquérito para investigar caso

O Ministério da Justiça e Segurança Pública determinou, neste sábado, que a Polícia Federal (PF) instaure inquérito para apurar o ataque ao assentamento.
"Ante o exposto, determino à Polícia Federal que proceda abertura de investigação criminal para apuração dos fatos narrados", disse o ministro Ricardo Lewandowski.
Além disso, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva pediu ao ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA), Paulo Teixeira, que acompanhasse as investigações.
Segundo o governo, o Ministério dos Direitos Humanos e Cidadania, por meio do Programa de Proteção aos Defensores de Direitos Humanos, Comunicadores e Ambientalistas (PPDDH), está buscando mais informações sobre os fatos ocorridos e oferecerá assistência para as lideranças e demais membros do assentamento.
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